sábado, março 31, 2007

Existe um lado carente dizendo que sim...

Há muito tempo não falo de amor. O motivo para isso é muito simples: não há o que contar sobre a minha vida sentimental. Os mesmos pretendentes, elogios, promessas e nenhuma possibilidade do coração balançar.

(...) Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito, exijo respeito não sou mais um sonhador, chego a mudar de calçada quando aparece uma flor e dou risada do grande amor (...)

Seriam as pessoas que não estão interessantes ou talvez seja o meu momento de ficar sozinha? Tenho pavor a frases prontas que são ditas por qualquer conselheiro de esquina. E entre as várias pérolas proferidas por esses “sábios filósofos” a mais comum, ao se referir ao momento que passo, é afirmar que esse seria um instante para refletir e que isso me ajudaria ao iniciar um novo relacionamento, pois assim não cometeria os mesmos erros. Considero tudo isso uma grande ilusão e não levo em consideração nenhuma afirmação nesse nível.

Já comecei e terminei alguns relacionamentos e no final das contas acabo por cometer os mesmos erros que jurei nunca mais repetir ao final do romance anterior. No máximo uma ou duas posturas diferentes, mas no geral as coisas funcionam do mesmo jeito. Você deixa de sair com os amigos, passar a ouvir de forma menos preconceituosa uma música que antes odiava, afinal “nem era tão ruim assim...”, e outras coisas mais.

Mantendo postura semelhante ou não, ultimamente não tenho tido oportunidade de testar minha “performance” em namoros. Afinal, nada acontece. E como contornar a solidão em momentos que nada é propício para pessoas como eu, como um sábado à noite de chuva ou um domingo à tarde. E quando todos os seus amigos estão namorando? O jeito é se apegar no profissional. Somente esse ano (estamos a pouco mais de 90 dias de 2007), já li 11 livros. Isso é positivo? Lógico que sim, mas significa outra coisa. Significa que tenho ficado muito mais tempo em casa e por conseqüência, tendo mais tempo para leituras.

Cresço intelectualmente, e fico mais retraída emocionalmente. Acho que a conta funciona assim: inversamente proporcional. De repente me vejo beirando a arrogância e a pretensão.


“Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio/ que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca pois metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio”.

domingo, março 18, 2007

Socorro!

Já me vangloriei de tantas vitórias. Ver lágrimas aos meus pés, ouvir as mais profundas juras de amor e promessas de eternidade só serviram para alimentar o ego já tão fortalecido pelas conquistas da vida. Agora eis-me aqui: Sozinha.
Por que eu quero?

Conheço gente que buscaria um pedaço da nuvem por um segundo do seu amor.

Pouco importa.

"(...)Não vai dar nem pra chorar, nem pra rir. Socorro alguém me dê um coração, que esse já não bate nem apanha. Por favor, uma emoção pequena, qualquer coisa(...)".