segunda-feira, maio 08, 2006

Nasceu

Dói, mas renova.
Renova, mas não apaga.
Apaga, mas não esquece.
Esquece, mas não some.
Some, mas continua presente.
Presente, mas desaparece.
Desaparece, mas fica.
Fica, mas vai embora.
Embora pra sempre.
Da mente e do corpo.
Agora só existe o ódio, a raiva e a decepção.
Não merece ser um Humano.
Não ama.
Pra que?
Nunca amou.
Por que?
Nunca foi amado.
Como seria?
Nega-se a si mesmo.
Não sabe quem é.
Se perdeu de tanto mentir pra si e para os outros.
Sinceridade, consideração, respeito, amor e amizade.
Desconhece.
Rancor, desespero, perda, maldade e crueldade.
São seus irmãos siameses.
Uma pena,
Sozinho será!
Perdeu um diamante...
Uma linda pedra!
A compreensão de uma amizade que lhe foi confiada.
Surge um novo sentimento,
E esse é mais do que cruel.
Surge de uma fonte que jamais passou por isso.
Brota do asfalto.
Do concreto,
De onde nunca se cultivou o ódio.
Da terra infértil,
Nasceu o pior de todos os sentimentos...

2 Comments:

At 3:48 PM, Anonymous Anônimo said...

Lindo poema!! Adorei!!! Totalmente pertinente... Kiss

 
At 10:40 AM, Anonymous Anônimo said...

Parece alguma coisa de Drummond que eu já li, mas vale;
não é muito a tua cara, mas também vale;
É bom, bom mesmo.
É o primeiro que leio.
A primeira impressão ficou, vou continuar lendo seus textos.
Nem sabia que gostava de poesias, Luana. Soubesse já tinha lhe falado da minha "banda de poesia".
Vou te chamar pra ir a uma apresentação, um dia.
Fica a rima que eu queria.

 

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