quinta-feira, maio 04, 2006

Infinito particular


Existem momentos em que tenho medo. Medo do que não tentei, não arrisquei, não pedi e não concretizei. Às vezes, até tenho coragem pra arriscar, mas falta o peito pra sofrer. Enfrentar a acidez da lágrima, me assusta mais do que qualquer doença maligna. A angústia saborosa da ansiedade, dá lugar a certeza de que não ocorrerão surpresas. Tudo está determinado e segue uma rotina diária que leva ao caminho da sofreguidão. Trilha essa, sem pedras, buracos ou obstáculos. Caminho livre e sem tropeços para os braços do sofrer. Não adianta fugir ou correr em direção contrária. Há algo que atraí, puxa e arrasta para a beleza da esperança. Dizem até que ela nunca deve morrer...Mas diante de tantas evidências pretendo enterrá-lá de vez. Manda-lá para aqueles que ainda insistem em cultivá-la. Os pobres, os desiludidos e os desesperados de si e dos outros. Esses sim, por não terem outra alternativa se apóiam nisso. Um dia tudo irá mudar...E caso não.
-Deus não quis, minha filha!
O conformismo não me pertence. Meu dedinho aponta pra diante. Definitivamente não esperarei por Deus.
"Eis o melhor e o pior de mim.
O meu termômetro, o meu quilate.
Vem cara, me retrate.
Não é impossível,
Eu não sou difícil de ler.
Faça sua parte,
Eu sou daqui e não sou de Marte.
Vem, cara, me repara.
Não vê, tá na cara, sou porta-bandeira de mim".(Marisa Monte/Arnaldo Antunes/Carlinhos Brown)

1 Comments:

At 4:40 PM, Anonymous Anônimo said...

Te vejo com um olhar de admirador, dos textos, da amizade que dispensa aos amigos. Às vezes passamos por situações na vida que nos obrigam a refletir muito mais do queremos, do que precisamos. Nada acontece por acaso, muitos de nós(seres humanos) não valemos a pena, e com o tempo mostramos verdadeiramente quem somos.Eu te amo, conte comigo para sempre!!

 

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