domingo, abril 23, 2006

Luz do luar

Sem tempo pra amar.
Beira do mar, brilho das estrelas e a luz do luar;
Ah! A luz do luar...
Sozinha, lembro-me de ontem.
Daquilo que foi mesmo sem ser.
A saudade do que não existiu.
Só queria um pouco mais.
Não adianta.
Já tentei uma, duas e três vezes.
Gastei todas as minhas fichas, os meus créditos...
Falo-te com tantos rodeios.
Procuro o seu espaço.
Me encaixo, adapto-me.
Mas logo saio.
Em ti não há uma vaga.
Dor!
Machuca, sangra e fere.
As vozes, as músicas, os gestos e até o zodíaco.
Os espaços, as pessoas e os passos.
E o bendito luar.
Ah! A luz do luar...
Se o seu coração te deixasse amar...
Mas sofre uma solidão forçada.
Abre uma cova destampada.
Range os dentes no calor.
E quando o frio chega.
Tranca o quarto;
Lê o livro de meses;
E olha a luz do luar.
Ah! A luz do luar...

2 Comments:

At 4:40 AM, Anonymous Anônimo said...

Não que esteja acrítico, como vc disse. Simplesmente gosto mais e mais de seus escritos a cada dia que passa. Graças aos deuses vc tem nos comtemplado com belíssimos textos e com essa criatividade sensível. Sem mais palavras... Um beijo.

 
At 5:49 AM, Anonymous Anônimo said...

Prefiro mil vezes os poemas que vc escreve...
as métricas, as rimas...
São feitas com tal suavidade que se analisarmos que eles sao feitos por uma estudante, custa acreditar!!!
Esse poema, em especial, me tocou bastante.
"Sozinha, lembro-me de ontem"...
essa tem sido a minha rotina...
Te amoooooooooooooo
bjussss

 

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